Autor: Lars Kepler
Editora: Intrínseca
Ano: 2011
ISBN 978-85-8057091-5
"O massacre de uma família nos arredores de Estocolmo abala a polícia sueca. Os homicídios chamam a atenção do detetive Joona Linna, que exige investigar os assassinatos. O criminoso ainda está foragido, e há somente uma testemunha: o filho de 15 anos, que sobreviveu ao ataque. Quem cometeu os crimes o queria morto: ele recebeu mais de cem facadas e está em estado de choque. Desesperado por informações, Linna só vê uma saída: hipnose. Ele convence o Dr. Erik Maria Bark – especialista em pacientes psicologicamente traumatizados – a hipnotizar o garoto, na esperança de descobrir o assassino através das memórias da vítima. É o tipo de trabalho que Bark jurara nunca mais fazer: eticamente questionável e psicologicamente danoso. Quando ele quebra a promessa e hipnotiza o garoto, uma longa e aterrorizante sequência de acontecimentos tem início."
Hoje vou falar de um thriller policial que se passa em um país totalmente diferente, a Suécia. O Hipnotista é uma leitura que fiz meio ao acaso e tive boas surpresas com ele. Foi escrito pelo casal Alexandra Coelho Ahndoril e Alexander Ahndoril sob o pseudônimo de Lars Kepler.
A narrativa se passa na cidade de Tumba, uma cidade sueca em que ocorreu um bárbaro crime. A família Ek foi assassinada da forma brutal, o pai no vestiário do colégio onde trabalhava e a mãe, a filha de 5 anos e o filho adolescente Josef foram encontrados feridos em casa. A cena foi tão chocante que alguns policiais chegam a passar mal ao chegar à cena do crime. Mas o criminoso deixou para trás o adolescente Josef vivo mesmo após levar 100 facadas em todo o corpo.
O crime abala a polícia local e atrai a atenção de Joona Linna, um detetive bastante inteligente que trabalha em outro setor da polícia, mas pede para trabalhar nesse caso. O sobrevivente é levado ao hospital onde fica em coma induzido aos cuidados da médica Daniella. Joona tenta convencer a médica a acordá-lo para que possa contar o que aconteceu, no entanto, a saúde dele estava muito sensível.
Em busca de ajudam eles chamam o psiquiatra Erik Maria Bark, um especialista em traumas e hipnose. Anos antes ele abandonou a prática da hipnose, mas o motivo não fica muito claro no início da narrativa. Quando descobrem que Evelyn, a filha mais velha da família Ek, ainda está desaparecida, Erik é pressionado a hipnotizar Josef para que ele dê alguma pista. É nesse momento que a trama tem sua primeira reviravolta e médico consegue extrair o que aconteceu na casa. Porém, é claro que dizer o que foi seria um grande spoiler.
No início a impressão é que o livro gira em torno do crime, mas no decorrer da narrativa os autores mostram o tema do livro é vida do Dr. Erik, seu histórico de pacientes e sua família. Ele é casado com Simone com quem tem um longo casamento que sofreu um grave abalo quando ele traiu a sua confiança. Eles têm um filho adolescente chamado Benjamin que tem uma doença que impede que seu sangue coagule corretamente fazendo com que qualquer machucado seja extremamente perigoso para ele.
A princípio eu não entendi a mudança de foco muito bem, mas entendi que Erik é o personagem principal o tempo todo. É um livro com muitas referências a lugares em sueco, mas nada que dificulte a leitura. O Hipnotista é interessante também para conhecer um pouco mais sobre a hipnose, uma ciência que eu desconhecia.
Eu gostei da forma com que os autores distribuíram o texto entre os capítulos, eles eram bem curtos e tive a impressão de que isso deixou a leitura mais rápida e dinâmica. Os personagens não são muito carismáticos e isso acontece porque eles são extremamente humanos e com defeitos. Eles traem, ficam com raiva, são rancorosos, são desleais e cometem erros.
Senti falta de saber um pouco mais sobre a vida pessoal de Joona, pois os autores deram uma pincelada no assunto e não deu para conhecer muito o personagem.
Em relação ao clima de suspense o livro atendeu minhas expectativas, mas nada que vá mudar a sua vida. Só achei que a narrativa ficou um pouco enrolada do meio para o fim da narrativa principalmente quando os autores voltaram dez anos antes para explicar um acontecimento. Achei esse recurso cansativo mesmo que tenha sido essencialmente importante para entender os rumos da história. Nossa, como eu fui contraditória agora, rs.
Ah, encontrei a foto abaixo com as capas publicadas em outros países. Para mim as outras capas passam mais informações sobre a essência do livro do que a capa publicada pela Intrínseca:
Ah, encontrei a foto abaixo com as capas publicadas em outros países. Para mim as outras capas passam mais informações sobre a essência do livro do que a capa publicada pela Intrínseca:
Bom pessoal o livro é instigante e interessante, apesar de alguns probleminhas que falei nos parágrafos acima. Espero que tenham gostado e até a próxima.
Beijos!
Oi!
ResponderExcluirEsse é um livro que ainda não conseguiu conquistar miha atenção.
Sempre vejo críticas positivas sobre ele, mas nunca me interesso ao ponto de ler.
BjO
http://the-sook.blogspot.com.br/
Nossa, faz um tempão que eu tinha colocado esse post nos meus favoritos e só agora (depois de ter passado a sexta e o sábado os organizando) é que consegui vir aqui ler.
ResponderExcluirAdorei o tema do livro! Fiquei com vontade de ler. Agora sim acho que ele vai pra minha lista de leituras. Sua resenha também ficou muito boa me ajudou a ter uma visão melhor de como é a estória.
Beijusss;
http://hipercriativa.blogspot.com.br/
http://universo-invisivel.blogspot.com.br/
Obrigada Helaina!
Excluir;)
beijos
A premissa desse livro é formidável, fiquei muito curioso pois adoro thriller policial com um crime chocante. Mas depois então a mudança de foco não me atraiu. Ponto positivo para capítulos curtos, que realmente deixam a leitura mais rápida. Ponto negativo para o flashback.
ResponderExcluirOi Shadai, apesar desses probleminhas eu gostei do livro.
ExcluirBeijos!
;)