A Rosa do Inverno - Patrícia Cabot

Livro: A Rosa do Inverno
Autor: Patrícia Cabot
Editora: Planeta
Ano: 2008
ISBN 978-85-7665-365-3

"Edward Rawlings faria qualquer coisa para não assumir o título de duque e ter de passar seus dias cumprindo as obrigações burocráticas do cargo. Por isso, não pensa duas vezes antes de viajar para a Escócia e encontrar a única pessoa que poderia substituí-lo: o sobrinho Jeremy, o menino de 10 anos que era o verdadeiro herdeiro do título. Órfão, o pequeno Jeremy vive num casebre com a Tia Pegeen, uma mulher com opiniões demais para a época."

Oiee, tudo bom com vocês?

Eu nunca tinha lido um livro da Meg com a assinatura como Patrícia Cabot e peguei esse livro para ler como parte do Desafio Literário de 2013. O tema desse mês é um livro que tenha uma das 4 estações no título e A Rosa do Inverno se encaixava nas regras. Apesar de ter lido para o desafio eu não me decepcionei e a leitura foi realmente proveitosa.

É um romance histórico adulto na Inglaterra de 1860 onde os tornozelos das mulheres enlouqueciam os homens, as pessoas andavam de carruagem, os lordes eram ricos e os empregados eram chamados de lacaios. 

A narrativa tem o Lord Edward Rawlings como um duque muito rico e festeiro que odeia ter que resolver os assuntos burocráticos do Solar (casa habitada por uma família nobre) da família após a morte de seu pai. Por isso, ele está a procura de seu sobrinho que havia sido renegado pelo avô durante muitos anos. Depois da busca em diversos povoados ele finalmente encontra o menino Jeremy morando com sua tia chamada Pegeen MacDougal.

Quando ele envia um empregado até a casa do menino e descobre que a tia dele se recusa a ir morar com ele e ainda é uma liberal* Edward fica louco de raiva. Ele decide ir conversar com ela achando que se trata de uma tia velha e reclamona, mas ao chegar no povoado de Applesby, na Escócia, descobre que Pegeen é uma linda jovem de 20 anos. Para a surpresa dele, Pegenn não é só uma mulher com a cabeça oca, mas sim uma jovem com a língua afiada, com opiniões bem formadas e uma verdadeira crítica sobre a falta de atitude da monarquia inglesa.

Depois de muitas objeções Pegeen resolve ir morar no Solar para o bem de Jeremy e para cuidar de sua educação. O único problema é que o atrevimento dela conquista o coração de Edward, acostumado a mulheres submissas. Ela também fica interessada, mas tenta disfarçar e foge dessa aproximação. A única coisa que não entendi é que ela criticava tanto a monarquia com uma afiada opinião e mesmo assim se adaptou tão rápido ao modo de viver dos ricos.

Ela fica o tempo todo criticando o dinheiro gasto excessivamente no Solar Rawlings e a pouca vontade da monarquia em ajudar os mais pobres. Já o menino Jeremy é um fofo endiabrado e está sempre aprontando, brigando e correndo. Pegeen também esconde um segredo do passado que pode tornar as coisas bem mais difíceis para todos.

As cenas de sexo da narrativa são bem detalhadas. Mesmo que os termos usados sejam tipo: "musculatura dura", dedos roçaram duros bicos"...e por aí vai. 

Achei a leitura bem rápida e instigante...principalmente depois que você passa os dois primeiros capítulos. Os personagens são bem engraçados para pessoas do século XIV e eu ficava rindo no ônibus sozinha. Achei a escrita um pouco diferente dos livros mais conhecidos da Meg Cabot, mas gostei bastante da forma que ele foi escrito.

Indico muito esse livro e foi ótimo conhecer esse outro lado da autora. Quero ler as outras obras que ela assina como Patrícia Cabot. 

Espero que tenham gostado da resenha...Curtam, comentem e compartilhem, até a próxima. Beijos!

*Obs: O liberais eram pessoas simpatizantes do Partido Liberal, que defendia a redução do poder da Coroa em favor do Parlamento e reformas sociais.