Assassinato no Expresso do Oriente - Agatha Christie

Livro: Assassinato no Expresso do Oriente
Autor (a): Agatha Christie
Editora: Pocket Ouro
Ano: 2009
ISBN 978-85-61706-34-0

“O detetive belga Hercule Poirot embarca no luxuoso Expresso do Oriente, surpreendentemente cheio. Após uma tempestade de neve parar o trem, impedindo os passageiros de sair, um americano é encontrado morto na própria cabine, com 12 facadas. No desenlace surpreendente, Poirot apresenta não uma, mas duas soluções para o crime”

Oi gente, tudo bom?

Acho que nunca resenhei um livro de ficção policial aqui no blog, mas iniciar com Agatha Christie é um ótimo começo. Eu já li esse livro quanto tinha uns 14 anos e não me lembrava de nenhum elemento da narrativa. Hercule Poirot, um dos personagens mais marcantes criado pela autora, volta para mais um caso após embarcar no trem Expresso do Oriente. Ele está em viagem e quando chega na estação descobre que o trem está praticamente cheio e se surpreende, pois naquela época as cabines ficavam bem desocupadas.

Sendo assim, o trem parte com um grupo bem heterogêneo com homens, mulheres e senhores. Mas, durante o percurso, ele fica parado no meio do caminho por causa do excesso de neve. Durante a noite, antes dessa parada inesperada, várias pessoas solicitam os serviços dos funcionários do trem causando um princípio de confusão. Já pela manhã, Poirot recebe a notícia de que o passageiro M. Ratchett havia sido assassinado em sua cabine com 12 facadas e foram apontados ferimentos estranhos pelo médico Dr. Constantine.

Poirot é praticamente convocado por seu amigo M. Bouc para investigar o caso enquanto estão presos na nevasca. A primeira coisa que ele fica sabendo é a resolução do Dr. Constantine de que os ferimentos do morto são estranhos e incoerentes. O livro é dividido em três partes: a primeira apresenta os fatos que antecedem o crime, a segunda parte possui os testemunhos dos passageiros que são todos interrogados pelo detetive e a terceira aborda a resolução dos fatos obtidos por Hercule Poirot com base nos testemunhos realizados.

Essa é uma narrativa que realmente faz você parar...pensar...desconfiar dos personagens e tentar resolver o enigma. O desfecho me surpreendeu pela audácia da autora de sugerir algo tão trincado, coerente e inteligente. O que parecia ser um simples assassinato transformou-se em um crime contra um procurado da polícia dos EUA chamado Cassetti, que atualmente estava usando o nome de Ratchett. Ele havia sido responsável pelo sequestro de uma rica criança ocasionando sua morte e consequentemente a morte dos pais da criança e de uma criada injustamente acusada pelo crime.

O criminoso deixou diversas pistas que apontam em várias direções como a suspeita de ter sido dois assassinos ou resquícios de um cachimbo que é deixado na cabine.

Hercule Poirot conseguiu desvendar toda a situação sem muitos recursos e baseado apenas nos acontecimentos e horários que os passageiros informaram em depoimento. É bom salientar que ele tinha apenas sua mente fervilhando para chegar a uma solução. Só achei o personagem principal um pouco presunçoso, mas ele supera isso com sua engenhosidade. Quando ele senta com o Dr. Constantine e Mr. Bouc para discutir os fatos que possuem, sempre acaba discordado de seus colegas sobre quem seria o autor do crime.

É um livro com uma leitura bem fácil, pois apesar da linguagem formal, o texto flui rápido e é bastante instigante. É aquele livro que você lê e se orgulha de ser um leitor. Gostei bastante e já estou de olho nos outros livros da Agatha que estão em promoção no Submarino.

Leitura super indicada, como vocês puderam perceber pela resenha. Comentem e me digam suas opiniões sobre a autora ou o livro.

Beijos!