Hitman - A Condenação - Raymond Benson

Livro: Hitman - A Condenação
Autor (a): Raymond Benson
Editora: Leya
Ano: 2013
ISBN 978-85-8044867-2

"A partir dos personagens do aclamado jogo de videogame, Raymond Benson desenvolve uma narrativa com o melhor assassino do mundo, um homem geneticamente criado e aprimorado para matar e que atende pelo nome de 47. Nessa história, passada no intervalo entre os dois games, 'Blood Money' e 'Hitman - Absolution', 47 vai viajar para lugares exóticos como Nepal, Chipre e Caribe, conhecer chefões do crime, negociar acordos obscuros com contatos enigmáticos e eliminar grandes figuras políticas dos Estados Unidos. Balas voarão e corpos irão cair enquanto o Agente 47 tenta finalizar aquilo que foi programado para fazer."

*Livro cedido em parceria com a Editora Leya.

Oie, tudo bom?

Sabe quando você começa a ler um livro e não imagina que vai gostar tanto da leitura? Foi o que aconteceu quando comecei a ler Hitman - A Condenação. O livro foi baseado no jogo de videogame homônimo e conta a história do Agente 47, personagem que trabalha para uma agência que o contrata para cometer assassinatos.

O Agente 47 é uma verdadeira lenda quando se fala em assassinatos encomendados. Ele é um clone e foi criado em um sanatório na Romênia, onde recebeu seu treinamento desde criança. No treino, ele foi preparado para matar e utilizar armas com grande habilidade. Depois de anos no sanatório, ele fugiu e passou a ser conhecido pela destreza e frieza com que eliminava suas vítimas. 

"Ele estava armado apenas com as roupas que vestia e um fino fio de fibra de carbono, que não apareceria no detector de metais nem em uma revista mais íntima. De certa forma, o fio de carbono era a marca registrada de 47." (pág. 16)

Em seu trabalho, ele é muito exigente com o que faz e nunca deixa um serviço inacabado. Por causa do que realizava, ele viajava para diversos países e sempre andava elegantemente ou disfarçado (quando era necessário).

"Podia ser um canalha, um charlatão, um mentiroso... mas também era um assassino. Era isso o que me definia." (pág. 191)

No prólogo conhecemos Diana Burnwood, que trabalhava como contato do Agente 47 e por discordância com Benjamin Travis, chefe da ACI, resolveu desertar. O problema é que nenhum agente consegue sair da Agência vivo e ela simplesmente desaparece no meio de uma missão. Um ano depois, o assassino também havia saído da agência e passou a realizar seu trabalho sozinho. Ele tentava entender também, o que havia acontecido com Diana para que ela desaparecesse.

O protagonista é um personagem totalmente sem sentimentos, frio e calculista. Porém, mesmo com todos seus defeitos, o autor cria uma trama que aproxima o dia a dia do assassino com quem está lendo o livro. Ele é enigmático e isso foi o que mais agradou, pois a curiosidade sobre seu temperamento me levava até próxima página da história. 47 não se deixa levar pelas emoções, não se compadece e toma atitudes que são facilmente contestadas pelo leitor.

"Desde a infância, o assassino sabia que o mundo não era um ligar amigável. Relações e valores eram  estranhos para ele. Intelectualmente, ele entedia que não era comum, que era uma aberração da natureza e seu ofício estava fora dos padrões aceitos socialmente. " (pág. 63)

Depois que o Agente é contratado para matar uma das candidatas a presidência dos Estados Unidos, uma trama enigmática passa a ser desvendada. Para executar o plano, ele tem que se envolver com a Igreja da Vontade, onde o líder Charlie Wilkins gera comoção nos seguidores. Dentre os seus diversos colaboradores, está Helen, uma personagem misteriosa e muito interessante. 

Além disso, os americanos passam a temer o Exército Novo, um grupo de paramilitares que atacam prédios governamentais e matam civis.

A escrita do autor é ágil, rápida e dinâmica. É uma história curta com apenas 300 páginas e capítulos menores. Eu gostei muito da forma que o livro aguçou minha curiosidade e a leitura fluiu muito bem. Só vou fazer uma ressalva pelo final ter ficado com algumas pontas soltas e não sei se haverá continuação do livro. 

Indico muito a leitura para quem curte livros policiais/suspense com um toque de teoria da conspiração.

Beijos!