Lançamentos Julho (2013): Companhia das Letras

Oi pessoal, tudo bom?

Reuni os lançamentos das últimas semanas da Editora Companhia das Letras e dos Selos Seguinte e Paralela. Tem livros bem legais, mas os que achei mais interessante foi o 2º livro da série Infinity Ring, lançado pela Seguinte, e o livro sobre os protestos recentes no Brasil que levaram milhares de pessoas às ruas. Vamos conferir?


A prisão da fé, de Lawrence Wright
"Das religiões surgidas nas últimas décadas, poucas angariaram a riqueza e o poder da Igreja da Cientologia. Conhecida como a “religião das celebridades”, a cientologia diz contar com milhões de membros ao redor do globo, e seus praticantes mais graduados às vezes são descritos como pessoas com poderes sobre-humanos. Assim, cada passo da igreja foi também acompanhado de escândalos, polêmicas e guerras judiciais. Para trazer à tona os bastidores do enigmático culto que atraiu atores como John Travolta e Tom Cruise, Lawrence Wright, vencedor do prêmio Pulitzer pelo livro-reportagem O vulto das torres — A Al-Qaeda e o caminho até 11/9, realizou mais de duzentas entrevistas com cientologistas e ex-membros da igreja, a maioria deles falando pela primeira vez com um jornalista. Wright combinou ao trabalho de campo anos de pesquisa em arquivos, traçando, assim, o mais completo panorama que se tem do funcionamento interno da Igreja da Cientologia. Com imparcialidade e sem cair num sensacionalismo fácil, mostra como a igreja persegue celebridades e como elas são usadas para promover os objetivos do Sea Org, o clero da organização, cujos membros assinam um contrato de 1 bilhão de anos com a igreja. Mostra ainda as perseguições e humilhações que recaem sobre muitos que se pronunciaram contra a cientologia, ou que às vezes apenas tentavam escapar dela. O resultado é uma reportagem corajosa sobre a igreja e seus líderes, mas também uma reflexão profunda sobre a natureza da fé."

Alguma poesia, de Carlos Drummond de Andrade
"Publicado em 1930, Alguma poesia é um desses momentos chave em qualquer cultura literária: a estreia de um autor que marcaria as gerações futuras, no caso o mineiro Carlos Drummond de Andrade. Com poemas que desde então se impuseram como clássicos do nosso modernismo, como “Poema de sete faces”, “No meio do caminho”, “Infância”, “O sobrevivente”, o livro já demonstrava os caminhos a serem traçados pelo poeta ao longo de sua longa e produtiva carreira, como o lirismo, a memória familiar, o humor meio gauche, a meditação sobre a brevidade da vida. Um dos livros mais importantes da literatura brasileira, Alguma poesia cativa desde sempre os leitores da melhor poesia."



Digam a Satã que o recado foi entendido, de Daniel Pellizzari
"Uma agência de turismo especializada em locais mal-assombrados que não existem. Uma seita que quer trazer de volta um antigo deus-serpente dos celtas. Um grupo de terroristas que pretende destruir simbolicamente a Irlanda. É na rota de colisão entre esses elementos que Daniel Pellizzari, de volta à ficção após oito anos, extrai um romance ao mesmo tempo sombrio e cômico sobre o amor nos tempos do apocalipse. Através das vozes de Magnus Factor, Bartholomew O’Shaugnessy, Demetrius Vindaloo e outros idiotas extraordinários, somos conduzidos por uma Dublin que deve menos aos guias turísticos do que aos becos escuros, às epidemias de tifo e às revoluções impossíveis."

Os transparentes, de Ondjaki
"Ondjaki faz neste romance um painel ficcional poderoso de Angola a partir de histórias permeadas pelo afeto, pela imaginação e pelas vozes de moradores de um bairro de Luanda. A narrativa captura o leitor por meio de uma linguagem poética e bem-humorada, retratando um país dividido entre a modernidade pós-colonial e as tradições africanas. Os personagens protagonizam uma coleção de histórias vividas nos dias de hoje. São pessoas simples e extraordinárias, jovens e velhas, sofridas e esperançosas, autoridades e gente comum. São angolanos — e também estrangeiros —, habitantes de Luanda e de outras regiões, com seus hábitos e tradições, suas atribulações diárias, seus desejos e sonhos."


Essencial Celso Furtado, de Celso Furtado
"Celso Furtado (1920-2004) é economista com uma trajetória fecunda e original. Seu horizonte sempre foi além da economia, abarcando as dimensões histórica, social, política e cultural dos problemas estudados, fossem do Nordeste, da América Latina — onde trabalhou muitos anos —, dos Estados Unidos ou da Europa — onde passou o longo exílio. Renomado teórico do subdesenvolvimento e da dependência, pioneiro do estruturalismo latino-americano, é, acima de tudo, um dos mais lúcidos intérpretes do Brasil. Esta edição, que traz alguns trabalhos inéditos, divide-se em quatro eixos: textos autobiográficos, pensamento econômico, pensamento político e reflexões sobre cultura, ciência e profissão de economista. A divisão temática ajudará o leitor a captar a abrangência de uma obra vasta, marcada pela visão interdisciplinar e global que tem interessado, mais e mais, estudantes e pesquisadores não só da área de economia como de ciências políticas, cultura e relações internacionais."


Berlim: 1961, de Frederick Kempe
"Em junho de 1961, Nikita Khruschóv chamou Berlim de “o lugar mais perigoso do mundo”. Ele não exagerava: a resistência das potências ocidentais em desocupar militarmente a porção oeste da cidade, conforme exigido por diversos ultimatos do líder comunista – que tentava conter as correntes de refugiados do Leste -, gerou sem dúvida a mais grave crise política do pós-guerra. Culminando na construção do símbolo máximo da divisão do globo entre dois grupos antagônicos – o Muro de Berlim, que tornava palpável a metafórica Cortina de Ferro de Winston Churchill -, a crise de 1961 foi a primeira e única vez na história em que militares e tanques norte-americanos e soviéticos estiveram frente a frente, a metros de distância. Um erro, um soldado que perdesse o controle, um comandante menos preparado, qualquer escaramuça poderia ter gerado uma guerra atômica em questão de minutos. Baseado em amplo repertório de fontes novas e entrevistas, Berlim, 1961 narra em ritmo de thriller este que foi um dos eventos cruciais do século XX, e é leitura obrigatória para a compreensão da história da Guerra Fria."


Cadê você, Bernadette?, de Maria Semple
"Bee concluiu seus estudos na Galer Street, uma escola liberal de Seattle, com as melhores notas, e tudo o que ela quer como presente de formatura é uma viagem à Antártida na companhia dos pais. Elgin é um pai ausente, mas genial: programador da Microsoft, tornou-se um rock star no mundo nerd por ter dado a quarta palestra mais vista no TED, e está prestes a lançar o Samantha 2, o projeto de sua vida. O momento não poderia ser pior para se isolar no extremo sul do planeta. A mãe, Bernadette, já não aguenta a vida em Seattle e está à beira de um ataque de nervos. poucos dias antes da viagem, ela desaparece, com medo do convívio social e de sentir enjoo durante a travessia da passagem de Drake. Agora Bee fará tudo para encontrar a mãe. Mas antes ela terá de descobrir quem é essa mulher que ela acreditava conhecer tão bem."


As damas do século XII, de Georges Duby
"O célebre historiador francês Georges Duby (1919-96) já definiu a Idade Média como a idade dos homens, Em estudos posteriores, no entanto, ele mostrou que, de certa maneira, a Idade Média foi também uma idade das mulheres, ou pelo menos de algumas delas. Saídas das sombras, elas acabaram por se revelar mais determinantes do que se costuma pensar. Em As damas do século XII, edição que reúne três de seus trabalhos sobre o tema, Duby analisa como a própria identidade de certas famílias nobres foi construída em torno de mulheres. Esta singular reinterpretação, elaborada em linguagem clara e envolvente, resulta em obra não apenas para especialistas, mas para todos os que buscam, através de leitura agradável, adentrar em camadas pouco conhecidas da história."


A lobinha ruiva, de Stela Greco Loducca
"Era uma vez uma lobinha ruiva que precisava visitar a vovozinha doente. No caminho, ela encontra um caçador que é mau pra chuchu e que a engana para chegar antes à casa da vovó. Se você acha que já ouviu essa história, provavelmente está certo. E se acha que não está reconhecendo bem a trama, também acertou! Pois aqui a brincadeira é recontar uma história clássica, trocando o papel dos personagens mais importantes. parece que vai dar um nó na cabeça da gente. mas, no final, essas mudanças nos fazem pensar em um monte de coisas importantes – por exemplo, será que existe um mau que é só mau e um bom que é só bom?"


Fábulas de Esopo, adaptação de Jean Philippe Mogenet
"Há mais de dois mil e seiscentos anos as Fábulas de Esopo são lidas e contadas em todo o mundo. isso porque, além de tratarem de temas que dizem respeito a todas as pessoas, essas histórias podem ser adaptadas de acordo com os costumes de cada época e com o interesse e o estilo dos autores que as recontam. E foi justamente o que fizeram Jean-Philippe Mogenet e Jean François Martin nesta edição, em que fábulas clássicas – como a da lebre que resolveu dar uma cochilada no meio da corrida ou a da raposa que queria muito comer uvas – ganharam narrativas concisas e belíssimas ilustrações, convidando novos leitores a se apaixonarem por esses contos atemporais, e quem sabe quase mágicos."

Editora Paralela

Porque você é minha, de Beth Kery
"No momento que Francesca e Ian se conheceram, a atração foi imediata. Pura e intensamente física. Para Ian, ela era o tipo de mulher à qual não conseguiu resistir: totalmente inocente. Para Francesca, ele era o cara que a fascinava, mas também a amedrontava — sombrio, intenso, controlador e inacessível. A tensão entre os dois é enlouquecedora e, por mais que tentem resistir, entregar-se a essa paixão é algo inevitável. Render-se a esse desejo é tentador e provocante, mas uma paixão tão arrebatadora seria capaz de ensinar um homem completamente inflexível a amar?"

Editora Seguinte


Infinity Ring: Dividir e conquistar, de Carrie Ryan
"Depois de garantirem que Colombo descobrisse a América e que a Revolução Francesa fosse um sucesso, Dak, Riq e Sera viajam com o Anel do Infinito para tentar corrigir mais uma falha histórica e salvar a humanidade. O cenário é a Paris medieval, e centenas de navios tripulados por guerreiros vikings estão cercando a região, prontos para exigir que a população se renda. Sem saber ao certo que caminho tomar, os três jovens acabam causando uma guerra entre os parisienses e os nórdicos invasores, e se preparam para defender a cidade. Mas a situação se complica quando Dak é capturado e forçado a lutar junto ao exército adversário. Em meio a chuvas e flechas, jatos de óleo quente e ataques de catapultas, os três viajantes só conseguirão sair vivos — e continuar sua missão de restituir a ordem do mundo — se encontrarem um aliado entre os soldados inimigos mais ferozes da história."

Em Breve na Editora:


#VemPraRua, de Piero Locatelli
"O furioso mês de junho de 2013 pode ter mudado o jogo político no Brasil, além de ter inaugurado uma nova era de mobilização popular no país. Mas qual é a origem dessas manifestações? Afinal, como surgiu o Movimento Passe Livre (MPL), e quem são os membros desse grupo político horizontalizado (sem líderes) que galvanizou a opinião pública desde que começou a conduzir os protestos contra o aumento da tarifa de transporte público nas capitais? O jovem repórter Piero Locatelli retraça – com rigor jornalístico e empenho narrativo – o dia a dia das manifestações, demonstra como a violência policial fez com que todas as forças sociais do Brasil (incluindo a imprensa, antes cética diante dos protestos) se mostrassem simpáticas ao movimento e reconstitui, grito após grito, marcha após marcha, os episódios mais marcantes e fundamentais para que a série de protestos se inscrevesse num dos capítulos mais poderosos da história recente do Brasil. Piero, detido numa das grandes manifestações por estar levando prosaico frasco de vinagre na mochila (artefato que deveria protegê-lo do gás lacrimogêneo), teve acesso privilegiado a diversos integrantes do MPL, jovens habitualmente relutantes em falar com jornalistas. Também conversou com diversas fontes oficiais, funcionários do governo e pessoas comuns que saíram às ruas em busca de um país mais justo para todos. O resultado é uma narrativa jornalística envolvente e esclarecedora. E o começo de uma história nova na vida política brasileira."

4 comentários

  1. Achei muito curiosa a sinopse de Cadê você, Bernadette? E a capa é linda, talvez eu o leia ^^

    Bjs!
    Laila Lizzy.

    www.escritoriando.blogspot.com

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  2. A editora está de parabéns, e amo a diagramação deles, o material de capa, amo tudo!!!

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  3. eu gosto muito das publicações dos selos Paralela e Seguinte. Muito bom ver os novos lançamentos!
    bjus
    http://meumundinhoficticio.blogspot.com.br/

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  4. Vários lançamentos mas confesso que não me chamou muito a atenção, estou curtindo uma ressaca literária, quem saber daqui alguns dias kkkk
    bjs flor
    Livros, a Janela da Imaginação

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