A Culpa é das Estrelas - John Green

Livro: A Culpa é das Estrelas
Autor (a): John Green
Editora: Intrínseca
Ano: 2012
ISBN 978-85-8057-226-1

"A culpa é das estrelas narra o romance de dois adolescentes que se conhecem (e se apaixonam) em um Grupo de Apoio para Crianças com Câncer: Hazel, uma jovem de dezesseis anos que sobrevive graças a uma droga revolucionária que detém a metástase em seus pulmões, e Augustus Waters, de dezessete, ex-jogador de basquete que perdeu a perna para o osteosarcoma. Como Hazel, Gus é inteligente, tem ótimo senso de humor e gosta de brincar com os clichês do mundo do câncer - a principal arma dos dois para enfrentar a doença que lentamente drena a vida das pessoas."

Olá pessoal, tudo bom?

Esse livro estava na minha estante há 3 meses e eu ficava adiando porque sabia como seria a história. Eu não sou o tipo de pessoa que gosta de conversar sobre a morte, aliás, eu detesto o assunto. A Culpa é das Estrelas aborda o tema sem filtros ou máscaras ao utilizar o câncer como personagem principal dessa história.

Hazel Grace é uma adolescente de 17 anos, que mora em Indianápolis, adora reality shows e sofre de câncer terminal na tireoide com metástase para os pulmões. Ela sempre anda com um tubo de oxigênio que ajuda na sua respiração e frequenta um grupo de apoio para pacientes com a doença, mas acha tudo aquilo uma verdadeira baboseira e sempre faz ácidos comentários sobre o cara que lidera o grupo. É uma garota inteligente, espirituosa, valente e sempre tem ótimas frases relacionadas a sua doença.

"Só tem uma coisa pior nesse mundo que bater as botas aos dezesseis anos por causa de um câncer: ter seu filho que bate as botas por causa de um câncer." (pág. 15)

No grupo que ela frequenta tem o Isaac, um garoto da sua idade que tem câncer nos olhos. Um dia ele leva ao encontro seu amigo, Augustus Waters. O interesse mútuo entre ele e Hazel é imediato, pois além de bonito, ele é engraçado, interessante e inteligente. Gus tem câncer nos ossos e tem uma boa porcentagem de sobrevivência.

Achei interessante esse quote em que ela explica como falou da sua doença para o Augustus:

"Não contei que o diagnóstico veio três meses depois da minha primeira menstruação. Tipo: Parabéns! Você já é uma mulher. Agora morra." (pág.29)

A amizade entre Hazel e Augustus é a coisa mais fofa do mundo porque eu amo casais inteligentes. Ela adora um livro chamado Uma Aflição Imperial que fala sobre uma menina com câncer. A narrativa de UAI não tem um final e a protagonista apenas deixa de escrever em seu diário. Isso deixa Hazel muito irritada e ela empresta a obra para o Gus e os dois ficam debatendo a história (assim como fazemos com nossos livros) e até enviam um e-mail para o autor, Peter Van Houten, que mora na Holanda onde vive recluso.

O personagem de Peter Van Houten funciona como o oposto do que Hazel e Gus são. Ele é amargurado, mal humorado e mal educado, mas é uma pessoa importante para o andamento da história.

A narrativa do livro é triste, mas sem ser dramática. Em alguns momentos eu parava e ficava pensando sobre essa relação com a morte que pacientes de doenças crônicas tem e fiquei bem triste. Mas os dois não ficam lamentando o tempo todo sobre as desgraças da vida... eles VIVEM e esse é com certeza o maior diferencial de A Culpa é das Estrelas. Falam abertamente da morte iminente sem qualquer falso pudor e com senso de humor.

"As pessoas falam da coragem dos pacientes de câncer, e eu não a nego. Por vários anos fui cutucada, cortada e envenenada, e segui em frente. Mas não se enganem: naquele momento, naquele momento, eu teria ficado muito, muito feliz em morrer." (pág. 101)

O relacionamento amoroso entre os dois é bonito, inocente, inspirador e leal. Deve ser muito difícil se apaixonar por uma pessoa doente e não saber o tempo de sobrevivência ou por quanto tempo àquela pessoa ficará ao seu lado. Vou dizer uma coisa, a dedicação do Augustus com a Hazel é apaixonante.

"Estou apaixonado por você, e sei que o amor é apenas um grito no vácuo, e que o esquecimento é inevitável, e que estamos todos condenados ao fim, e que haverá um dia em que tudo o que fizemos voltará ao pó, e sei que o sol vai engolir a única Terra que podemos chamar de nossa, e eu estou apaixonada por você." (pág. 142)

Esse é o primeiro livro do autor que leio, mas gostei bastante da escrita e do desenvolvimento da narrativa. Eu não chorei, mas fiquei sensibilizada com a história, no entanto, foi mais pela doença do que pelos personagens (mesmo sendo personagens tão únicos). Como a própria protagonista define, eles são uma granada que ao explodir vai atingir todos que os amam.

Sei que muita gente já leu e gostaria que vocês deixassem nos comentários suas opiniões sobre o livro. Espero que tenham gostado da resenha. Leiam! Se emocionem! Reflitam! Um ótimo domingo. Beijos!

17 comentários

  1. Oi Aline,
    Eu já li o livro, chorei só que ao mesmo tempo me decepcionei, comprei pq todos diziam ser ótimo e li com muita expectativa para a leitura. Não se tornou um dos favoritos, a história em si é bonita. Mas Gosto das quotes descritas.
    Beijos!

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  2. To chorando! Que lindo, eu amo um drama, por mais triste que seja, eu não sei, eles tocam na alma. Puxa garota, vc vai ter que colocar essa resenha no meu blog, ficou perfeita! Adorei ^^

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    Respostas
    1. Obrigada Erenita...depois me conta o que achou do livro.Bjos!

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  3. Adorei a resenha, também não gosto de ler ou falar sobre a morte. :( Espero poder ler esse livro o mais breve possível.
    Bjos
    Vitor

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  4. Você não chorou? Eu chorei litros! hahaha
    Amo esse livro <3 a história é tão linda...

    Bjs!

    Laila Lizzy.

    www.escritoriando.blogspot.com

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  5. Eu nunca me indentifiquei tanto com um personagem como me indetifiquei com a Hazel. Não estou morrendo com cancer, mas tenho mesmo humor dela diante de situações trágicas.
    É meu livro favorito até o momento, muito bom mesmo.

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  6. Comprei por causa do booom que muitas pessoas fizeram e pretendo lê-lo ao término das férias. Gostei muito da sua resenha!
    Beijos <3

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  7. Esse livro é lindo e um dos meus favoritos, chorei muito lendo!
    http://leituramagnifica.blogspot.com.br/

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  8. Gente, eu AMEI esse livro... Já fiz até resenha no meu blog também... E parabéns, adorei a sua... Também fiquei bem sensibilizada...

    XOXO
    Umnovo-roteiro.blogspot.com

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  9. Como eu já te disse, querida Aline, você não deve ter canais lacrimais. MEU DEUS, EU CHOREI DE SOLUÇAR COM ESSE LIVRO, VOCÊ NÃO TEM NOÇÃO.
    Mas tudo bem que eu sou uma pessoa extremamente fresca e eu choro com absolutamente tudo. Sério. Na verdade, tem um teoria para esse tipo de pessoa que "sente" demais. São chamadas de "highly sensitive".
    Dar A Culpa É das Estrelas para um highly sensitive é para matar afogado as próprias lágrimas, viu? auehaueh
    Então, esse livro foi especial para mim porque ele veio em um momento muito peculiar da minha existência. Hm... eu só tenho dezesseis anos, né, então eu tenho total consciência de que muitas opiniões que eu tenho vão mudar, e muitas que eu não tenho vou passar a ter, daqui a alguns anos. Eu estou em constante amadurecimento. E eu acho que o que o John Green passa muito com todas as suas obras é ajudar os jovens de hoje em dia a ter uma opinião mesmo sobre os assuntos mais duros, difíceis.
    Eu li A Culpa É Das Estrelas muito antes de ter uma opinião concreta sobre o câncer em si. Não é uma coisa que já tenha acontecido na minha família. Então a forma sensível e real como a Hazel trata a própria doença meio que me pegou desprevenida, e... eu posso dizer claramente que ele mudou minha forma de ver o mundo justamente por isso. Depois de ler ACEDE eu percebi muitas coisas para as quais eu sabia da existência, mas não ligava.
    (Aconteceu o mesmo com As Vantagens de Ser Invisível também.)
    Isso sem falar dos valores filosóficos que o John coloca no livro, também, né hahah
    Você falou de uma quote muito engraçada, que é essa da page 29. Eu lembro que quando li isso eu dei um ataque de riso muito grande e comecei a me sentir a pessoa mais horrível do mundo.
    Enfimmmm, eu fico meio chateada com o preconceito que gira em torno desse livro, sabe? Porque ele é uma leitura incrível (e eu não deveria ser suspeita para falar só por estar enquadrada na "idade literária" dele!), e a popularidade de uma coisa não é uma coisa ruim, de jeito nenhum ):
    É. Falei demais.
    A resenha ficou muito legal, as usual (: Apesar de que quando eu mesma resenhei esse livro, eu não falei nada com nada porque ainda estava chorando.
    Te admiro por ver as coisas de modo imparcial, é u.u
    HAHAH beijo, Aline, até a proxima :3
    http://contextuando.blogspot.com.br/

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  10. oi Aline, eu sou do grupo que ainda tem que ler o livro. Também estou adiando pelo mesmo motivo que você, porque sei que vai ser triste, sei que vou me emocionar muito, e não to no clima agora.
    Adorei a resenha, e cada vez que leio um nova sobre esse livro fico ao mesmo tempo mais curiosa e mais apreensiva, rs.
    bjus
    http://meumundinhoficticio.blogspot.com.br/

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  11. Oi Aline!

    Adoro demais A Culpa é das Estrelas, acho que além de personagens únicos o autor acertou em cheio em acrescentar um pouco de humor apesar do drama que envolve a vida dos dois. É um livro lindo <3

    Adorei a resenha!

    Beijo:*
    Naty.

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  12. Não li nada do autor e não sei pq não me atrai mto, não sou fã da literatura sick lit, acho q isso acaba me deixando meio assim em relação à ele, fico com a impressão que ele só escreve sobre isso.

    Andy_Mon Petit Poison

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  13. Eu amo esse livro achei muito lindo e faz valorizar muitas coisas.

    Beijos

    http://livrosechocolatequente.blogspot.com.br/

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  14. Linda e emocionante resenha, Aline.
    Eu assim como outras pessoas estou louca para ler este livro. E tenho certeza que vou chorar horrores quando eu ler =/
    Vou tentar comprá-lo na Bienal, ou fazer alguém me dar de presente de aniversário hahaha.

    Beijos!

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  15. Não dou muito certo com livros assim. Prefiro mais aquela fantasia infantil onde tudo é mágico.
    Não tenho exatamente problemas com a morte (não com a minha, pelo menos). Pra mim tanto faz morrer amanhã ou daqui á uns 70 anos, mas a morte de quem eu amo, essa sim me balança e me deixa fora do eixo. Essa sim eu nem discuto. Evito até pensar.

    Beijusss;

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