Autor (a): Christina Baker Kline
Editora: Planeta
Ano: 2014
ISBN 978-85-22-0354-7
"Quando Vivian Daly, uma senhora de 91 anos, decide se livrar de seus pertences antigos ela acaba recebendo a ajuda de Molly, uma adolescente órfã e rebelde, que está disposta a prestar serviços para não acabar no reformatório. Revivendo cada momento marcante de sua história, Vivian conta para Molly sobre sua família irlandesa pobre que foi de barco para Nova York em busca de uma nova vida e acabou morta em um incêndio. Sendo a única sobrevivente, ela foi levada por um trem com outras centenas de crianças que teriam seu destino decidido pela sorte. Seriam elas adotadas por famílias gentis e amáveis, ou teriam de encarar uma infância e adolescência de servidão e trabalho pesado?"
*Livro cedido em parceria com a Editora Planeta.
Oie, tudo bom?
Sabe aquele livro que você não espera muito da leitura, mas que consegue te surpreender muito? O Trem dos Órfãos tem uma premissa que não atrai no primeiro momento, mas que reserva uma comovente e bela história.
"Aprendi há muito tempo que a perda não é apenas provável, mas inevitável. Sei o que significa perder tudo, sei o que significa perder tudo, sei que é abrir mão de uma vida e encontrar outra. E agora sinto, com uma estranha e profunda certeza, que deve ser o meu destino na vida aprender essa lição vezes e vezes sem conta." (pág. 261)
O livro possui duas protagonistas: a primeira é Niamh, uma irlandesa de 10 anos, órfã e sozinha nos Estados Unidos de 1929; a segunda chama-se Molly, uma adolescente rebelde de 2011, que vive em uma casa temporária e não sabe o que é ter uma família de verdade. Molly não é uma pessoa má, mas não consegue se encaixar e após uma tentativa de roubo ela é obrigada a procurar um trabalho voluntário para não parar no reformatório.
Vivian Daly, uma senhora viúva de 91 anos, resolve ajudá-la com o trabalho voluntário e oferece a tarefa de ajuda-la na limpeza do sótão de sua casa. Organizar caixas, catalogar, doar e jogar fora são as tarefas designadas para a rebelde Molly. Ela só aceita o trabalho depois de muita insistência de seu namorado Jack. Porém, na casa de Vivian elas acabam não jogando praticamente nada fora e Molly descobre uma intensa história de uma pequena irlandesa de 10 anos.
"Eu me sinto uma década mais velha do que a idade que tenho. Sei demais; tenho visto pessoas no seu pior estado, no seu momento mais desesperado e egoísta, e esse conhecimento me faz desconfiar de tudo." (pág. 126)
Vivian era uma das crianças órfãs que atravessaram os Estados Unidos a bordo de um trem. Elas passavam por várias cidades em busca de pessoas que pudessem adotá-las. A verdade é que muitas eram pegas por casais apenas para ajudar nos afazeres domésticos ou na lavoura. Muitas foram maltratadas, abusadas e humilhadas como se não fossem mais nada do que um resto humano. Era uma época de recessão nos EUA e as crianças sem pais não tinham muita assistência governamental.
A narração é feita pelas duas personagens em épocas distintas. O mais interessante foi perceber que a vida delas nunca foi fácil e que elas são parecidas em vários aspectos: família desestruturada, perdas, falta de amor e a sensação de estar sozinha no mundo. No começo a Molly achava que a Vivian era apenas uma velha chata, mas foi aprendendo que ela tinha grandes histórias para compartilhar.
Pensei que não iria gostar da Molly pelos primeiros capítulos do livro, mas acabei entendendo sua realidade. Deve ser muito difícil não ter uma família com quem contar. Além disso, é bem difícil encontrar pessoas bondosas e dispostas a ajudar crianças que perderam tudo ou que nunca tiveram nada.
"Depois de um tempo você nem sabe mais quais são suas próprias necessidades. Você se sente grato pela menor pitada de bondade que lhe oferecem e, depois, quando vai ficando mais velho, fica desconfiado. Por que alguém alguém faria alguma coisa por você se não quisesse alguma coisa em troca?" (pág. 184)
A narrativa desse livro é mais lenta e gradual, mas isso não me incomodou porque assim eu fui descobrindo o passado das personagens e me afeiçoando a elas. Foi impossível não sentir compaixão pelo passado da Vivian e em vários momentos eu tive vontade de entrar na história e abraçá-la. A autora tem uma boa escrita e consegue conquistar o leitor com a narrativa que se passa no passado, sem deixá-la monótona ou cansativa.
Eu me surpreendi com o desfecho do livro, pois fugiu do final esperado por mim. Foi algo emocionante, triste, humano e completamente surpreendente. Me fez chorar e olha que dificilmente choro durante minhas leituras. O Trem dos Órfãos é um livro que vai te ensinar muito sobre a vida, vai te cativar e emocionar de uma maneira única.
Beijos!
Oi, Aline.
ResponderExcluirBom, já tinha visto esse livro pra vender em algumas livrarias e gosto muito de livros com esse assunto - holocausto. Tenho uns 2 ou 3 sobre isso, sendo o primeiro A Menina que roubava livros, que eu amo.
Gostei da resenha, e ainda quero ler esse livro, sim.
Ps.: Já estou te seguindo.
http://mundo-restrito.blogspot.com.br
Oi CChefa não conhecia o livro, mas a premissa é bem legal. Gosto de histórias assim quando uma geração mais velha ajuda os jovens a superar, e essas leituras que surpreende são as melhores! Bjkas
ResponderExcluirDani Casquet- Livros, a Janela da Imaginação
Amei a capa e o título do livro.
ResponderExcluirGosto quando dois protagonistas de diferentes idades narram um livro, a gente sente uma perspectiva tão gostosa.
Beijinhos, Helana ♥
In The Sky, Blog / Facebook In The Sky
Oi!
ResponderExcluirNão conhecia o livro, mas a premissa dele é interessante.
Achei legal o fato de intercalar a narrativa entre o passado e o presente, ainda mais por ser duas épocas bastante distintas.
Adorei a resenha.
Beijos
Construindo Estante || Facebook
Oii Aline..
ResponderExcluirNão conhecia esse livro e olha me deu muita vontade de ler!!
www.chadecalmila.com
Oie,
ResponderExcluirjá conhecia o livro, mas ele não é meu estilo de leitura.
bjos
http://blog.vanessasueroz.com.br
O livro deve ser lindo, já sinto que me emocionaria muito com a história contada. Ultimamente estou adorando que o autor intercala a narrativa, e acho ainda mais gostoso de ler quando vai de um tempo para outro. Que é o caso desse livro, isso por si só já me chamou a atenção. Mas a trama com certeza, me ganhou ainda mais. Espero ter oportunidade de lê-lo em breve!
ResponderExcluirOi Aline!
ResponderExcluirGosto de histórias que mesclam passado e presente.
Adora ouvir as histórias da minha avó!
Ela era muito arteira e teve uma infância feliz, apesar do pouco que tinham.
Aaah é sempre bom quando um livro que parecia meia boca nos surpreende!
Beijokinhas da Gi
Muito bom este livro Aline, eu imaginava bem dramático e me surpreendi com o tom mais leve que a autora usou para contar uma história que é triste, impressiona mas sem apelação, tem partes mais duras, mas em suma a história dá esperança. Bjos!! Cida
ResponderExcluirMoonlight Books
Oi Aline de cara assim (literalmente julgando o livro pela capa) eu não pegaria o livro, mas agora o conhecendo melhor fiquei curiosa, adoro desfechos inusitados! Então já anotei na minha listinha ^^
ResponderExcluirBeijos Joi Cardoso
Estante Diagonal
Oi, Aline!
ResponderExcluirEsse livro nunca me chamou a atenção, mas acho que eu precisava ler uma resenha dele pra criar interesse. Eu gosto de histórias com esses personagens bem humanos e que nos passam uma mensagem, lição, e que ainda são capazes de emocionar. Então se eu tiver a oportunidade vou ler com certeza.
Beijos,
Fer - http://viciosemtres.blogspot.com.br/
Nossa, deve ser mto bom! Tenho atração por histórias fortes, enfim, por drama, msm. Vou procurar este para ler! Ótima resenha!
ResponderExcluirhttp://livroarbitriodotco.wordpress.com/
Oi Aline..
ResponderExcluirEu já achei o contrário quando li a descrição já me interessei logo de cara. Tenho muita vontade de ler a obra.
Curiosa para conhecer a história de Vivian. Que bom que gostou do desfecho e tudo mais, me animou mais um pouquinho.
livrosvamosdevoralos.blogspot.com.br
Oiee
ResponderExcluirAdorei a resenha e pretendo ler o livro muito em breve, o livro da Kristin Hannah é bem nesse estilo eu amei a escrita dela em Jardim de Inverno você precisa ler hein :)
Beijos
www.livrosechocolatequente.com.br
Oi.
ResponderExcluirNão conhecia o livro, mas livros que nos surpreende são os melhores e mais legais de se ler. É bom não esperar muito e ter algo bom no final, do que esperar demais e dar com a cara na porta rs
Beijos
www.amorliterario.com
Eu achei a premissa do livro muito boa, sei que se eu ler esse livro vou ficar muito emocionada e sentir muita pena. Creio que seja uma história muito bonita.
ResponderExcluirOi Aline, não conhecia esse livro, mas é sempre bom quando um livro nos surpreende. Deve ser um história muito bonita. Duas pessoas muito diferentes que tem tanta coisa em comum.
ResponderExcluirBjks
Patty Santos - Blog Coração de Tinta
http://www.coracaodetinta.com.br/
Oii Aline :)
ResponderExcluirJá tinha ouvido falar do livro e confesso que ele não tinha me chamado muita atenção ..
Agora que li a resenha eu gostei .. Fiquei com um pouco de dó das duas, afinal, uma passou por uma situação tão horrível, e a outra está vivendo uma pior ainda !
Acho que o livro é meio que uma lição de vida ..
Beijos :*
Oii
ResponderExcluirQue bom que você gostou! Me deixa mais inspirada a ler. Eu soube desse livro e me interessei pelo período histórico que ele representa, e pelo estilo da narrativa, que é diferente. E a relação que a Vivian e a Molly criam é muito bonita!
Beijos
Oi
ResponderExcluirGostei da sinopse quando vi esse livro entre os lançamentos, mas não era nada que chamasse muito a minha atenção... Agora, com a sua resenha, fiquei mais curiosa parece ser uma história emocionante, sem contar que deve ser muito interessante acompanhar como as personagens tem vidas parecidas em épocas tão diferentes...
bjs