Um Amor de Detetive - Sarah Mason

Livro: Um Amor de Detetive
Autor (a): Sarah Mason
Editora: Bertrand Brasil
Ano: 2004
ISBN 85-286-1073-X

"A bela Holly Colshannon é uma ambiciosa e desastrada jornalista da Bristol Gazette. James Sabine (apenas um pouco mais bonito que ela), é um sargento-detetive durão, grosseiro e ressentido. Levados pelo acaso , eles se encontram diversas vezes por conta de uma série de coincidências bastante oportunas. Rapidamente, a determinada Holly vê em James a grande chance de progredir em sua carreira e decide segui-lo por um período de seis semanas a fim de escrever uma coluna criminal, que poderá vir a ser o seu primeiro sucesso jornalístico. O lado positivo da situação é que ela consegue obter a tão sonhada coluna O lado negativo é que o bonitão não está nem um pouco feliz com a presença constante de Hally em sua vida."

Oie, tudo bom?

Um Amor de Detetive é um daqueles livros que me enganou por causa da sinopse atrativa e interessante. Quando peguei o livro para ler, esperava um chick-lit engraçado, com um casal de protagonistas interessantes e uma jornalista divertida. No entanto, o livro não chegou perto das minhas expectativas e me surpreendi ao conferir que ele é bem avaliado no Skoob.

O primeiro ponto que me incomodou foi demorar uma semana para terminar a leitura, pois ele tem pouco mais de 300 páginas e costumo ler um livro desse tamanho bem mais rápido. A protagonista é Holly Colshannon, uma jornalista que trabalha para o jornal Bristol Gazette, namora o jogador de rúgbi Ben e sua melhor amiga chama-se Lizzie.

O livro começa forma engraçada quando Holly tem que ligar para a emergência porque Lizzie está com um preservativo entalado no seu órgão sexual. No hospital ela aproveita a oportunidade para fazer uma matéria e encontra um policial de olhos verdes bem mal-humorado que odeia jornalistas. Os dois se desentendem, mas ela agradece porque nunca mais irá reencontrá-lo.

Holly tinha acabado de ser promovida a repórter policial quando recebeu uma proposta da Relações Públicas da polícia local. Ela é convidada para realizar uma série de matérias especiais acompanhando um detetive da delegacia durante o trabalho. No entanto, ela descobre vai acompanhar sargento-detetive James Sabine, o mesmo "olhos verdes" que ela havia conhecido no hospital. Tinha como piorar?

Porém, James não tem carisma como protagonista. Ele tem uma noiva que só é lembrada quando os dois se falam ao telefone e não temos muitas informações sobre sua vida pessoal. Foi estranho chegar na página 100 do livro e não conseguir ser conquistada pelos personagens. Eu lia, mas a narrativa não conseguia me cativar.

Quando o romance começou a ser abordado pela autora, o livro já estava quase no fim e isso foi decepcionante. Além disso, tirando as tensões recorrentes entre os dois durante o livro, o romance ficou muito a desejar.

"Não estou terrivelmente convencida desse amor até agora. Nada convencida. Onde está o Cupido, a música, os milharais, o filme romântico Um Quarto com Vista?" (pág. 263)

Um Amor de Detetive é um chick-lit sem sal e faltou a sensação boa que os livros do gênero proporcionam. Os relacionamentos entre os personagens secundários são superficiais e não conseguem convencer o leitor. O quote mais divertido que encontrei foi esse:

"Eu me surpreendi hoje de manhã. Com a ajuda de um rádio, dois despertadores e mais o despertador via telefone, consegui chegar à delegacia de polícia às oito horas." (pág. 56)

Apenas para registrar: essa capa não é muito bonita, mas gostei dos tons de rosa usado na lombada e na primeira folha do livro.

Beijos!