Autor (a): J. K. Rowling
Editora: Nova Fronteira
ISBN: 978-85-209-3253-7
Ano: 2012
“Num primeiro momento, Pagford nos parece apenas uma pequena cidade, como outra qualquer, mas ela pode ser comparada ao nosso bairro, ou à cidade de cada um de nós. Pagford é o nosso mundo urbano, repleto de contradições e violências, e ainda perplexo com o poder e as armadilhas da internet. Nos reconhecemos em Pagford, em seus conflitos e no seu dia a dia.”
Oi gente, tudo bom?
Essa é uma resenha que fiquei bem ansiosa para escrever e publicar. No decorrer da leitura desse livro eu li duas resenhas positivas e outras duas negativas, ou seja, havia muitas opiniões distintas na blogosfera literária. Para quem não sabe, Morte Súbita é o primeiro livro da autora depois do sucesso da série Harry Potter. Como eu ainda estou lendo Harry Potter não fiquei comparando esses dois livros e nem a diferença de gêneros. Pois, a série do bruxo trata-se de uma fantasia e Morte Súbita se encaixa no gênero novela.
Somos apresentados a pequena cidade de Pagford, distrito de Yarvil, um lugar fictício na Inglaterra onde mora Barry Fairbrother e sua família. Logo no início Barry tem uma morte súbita e deixa uma vaga no conselho da cidade, da qual faz parte. Essa vacância é o ponto central da trama, pois todos os personagens, direta ou indiretamente, tem seus caminhos alterados por essa morte. O termo (vacância) também é o mais apropriado, pois é o utilizado no título original que é Casual Vacancy.
Ainda que a cidade seja pequena, somos apresentados a maioria das famílias que ali habitam e todas, de alguma forma, são afetadas pela morte. Até a metade do livro eu achei a narrativa bem tediosa e cansativa e muitas vezes tive que voltar algumas páginas para entender quem era quem no meio de tantos personagens (Bola, Krystal, Gaia, Mary, Colin, Mauren, Howard...). Cada parte é narrada de uma forma onisciente sobre os impactos e acontecimentos após a morte de Barry.
Todos na história possuem algum problema familiar, social ou psicológico. Os adolescentes usam drogas, fazem sexo em lugares abertos, praticam bullying e falam diversos palavrões. Os adultos são falsos, fofoqueiros, mesquinhos, estranhos, preconceituosos e chatos. Então não há como se apegar em um deles para gostar do livro. O que mais simpatizei foi Andrew, um adolescente que odeia o pai autoritário que vive agredindo ele, o irmão e a mãe.
Grande parte dos problemas que a cidade tem é atribuída a Fields, bairro pobre em que foram construídas casas para pessoas com pouca condição financeira e que está sob a jurisdição de Pagford. Consequentemente, essas pessoas estudam, trabalham e utilizam os serviços públicos de Pagford e isso desagradava muitos moradores da cidade. No entanto, era Barry que lutava pela permanência dessa ligação entre as duas cidades porque ele cresceu no bairro de Fields. Ele estava tão envolvido, que no dia que morreu estava escrevendo uma reportagem para o jornal falando sobre os pontos positivos desse bairro problemático.
Esse com certeza não é um livro feito para agradar a massa. É muito intenso e joga literalmente a sujeira da sociedade na cara de todos. Não gostei da narrativa por não aceitar a falta de resoluções concretas no fim do livro.
Achei o final triste, sem oportunidades para uma segunda chance aos personagens que passaram por tantas situações ruins. Mas, entendo essa opção porque a história não daria brecha para uma redenção, pois os moradores de Pagford são ruins, sabem disso e não querem mudar.
Se você está cansado de ler romances e livros bobos essa é uma boa indicação. Eu não estou dizendo que você vai gostar, só digo que vai ser uma experiência diferente e intensa.
Espero que tenham gostado da resenha. Não se esqueçam de compartilhar e comentar! Beijos!
Oi Oi *u*
ResponderExcluirEntão, eu li Morte Súbita e discordo aí em alguns pontos. Mesmo sendo relativamente nova para a leitura, aproveitei muito e senti o livro de um jeito muito forte e arrebatador.
Também não achei o início chato ou tedioso, na verdade, porque imaginar enredos complexos pra J.K. é tão fácil quanto respirar. Evidentemente, como vc falou, ela joga na cara da sociedade todas essas sujeiras e os problemas morais de todos os personagens me deixaram meio de cara com tudo isso. Acho que a que eu mais simpatizei foi a Sukhvinder. Vai saber o porque.
Em geral gostei muito da leitura, e chorei no final aeuhaeuae
ótima resenha, amr <3
Oie Sarah...classifiquei como tedioso porque tive muita dificuldade de acompanhar a narrativa no começo. A Shukhvinder é como o Andrew, é daquele jeito por causa dos pais.
ExcluirVou lê-lo em breve. Eu sei que é beeem diferente, mas a Rainha é a Rainha, tenho certeza que lerei de mente aberta!
ResponderExcluirBeijinhos Alados ♥
Oi Aline, estou louca para ler o seu livro e adorei a a sua resenha pelo menos deixa claro que depende muito de cada um gostar ou não do livro.
ResponderExcluirBeijos
Andressa
http://livrosechocolatequente.blogspot.com.br/
Hum...sinceramente não tenho a mínima vontade de ler esse livro. Já vi muitas resenhas negativas e as positivas como a sua, tem pontos negativos que não me fariam comprar o livro. Boa dica para quem é fã da autora, né?
ResponderExcluirBeijos!
Paloma Viricio- Jornalismo na Alma.
Oie Paloma, você achou positiva a minha resenha?
ExcluirAcho que enganei bem..rsrs
Ficou no meio termo!
Beijos