Ame o que é Seu - Emily Giffin

Livro: Ame o que é Seu

Autor (a): Emily Giffin

Editora: Novo Conceito

Ano: 2010

ISBN 978-8599560-53-2

“O casamento de Ellen e Andy não parece perfeito, ele é perfeito. Até que em uma tarde supostamente comum, Ellen reencontra Leo, aquele que há 8 anos a deixara com o coração partido. Os sentimentos despertados em Ellen neste momento a fazem questionar se a vida que tem hoje é mesmo aquela que sonhara há anos atrás.”

Tem um jornalista esportivo chamado Paulo Massini que usa a expressão “mimimi” quando um jogador ou técnico de futebol fica choramingado por um pênalti ou falta durante uma partida. Tá, e o que isso tem a ver? Bom, foi exatamente assim que me senti ao conhecer Ellen, a protagonista de Ame o que é Seu. Eu a odiei desde a primeira página e ficava torcendo para terminar logo a leitura.

Ellen é uma fotógrafa, vive em Nova York e descobriu sua profissão apenas quando terminou a faculdade. É casada com Andy, irmão de sua melhor amiga Margot. A narrativa começa a partir do encontro dela com seu ex-namorado Leo em um cruzamento, depois de 8 anos do fim do namoro. O problema é que ela ainda parece ter sentimentos contraditórios ao reencontrá-lo, como se tivesse necessidade de estar perto dele.

Margot, a sua melhor amiga, voltou para Atlanta depois do casamento e no passado elas dividiram o quarto na faculdade e apesar das diferenças se tornaram verdadeiras irmãs. Margot e Andy fazem parte de uma típica família sulina dos EUA e são bem ricos. Ellen é uma Yanque, como ela mesma se define, e tem uma origem mais humilde. Quando está passando por esse período turbulento e cheio de dúvidas ela questiona as diferenças que existem entre ela e a família de seu marido. Já Andy é o marido quase perfeito, advogado, gentil, calmo e ama a família e a esposa. Quando decide sair do emprego ele sugere uma mudança para Ellen e tudo realmente parece estar desmoronando para ela depois dessa proposta.

Ame o que é Seu tem as características dos livros da Emily Giffin com uma protagonista que coloca o tempo todo suas atitudes sob suspeita, pois fica pensando se está fazendo o certo ou errado. Aí está o problema, pois Ellen não sabe tomar uma atitude e fica esperando que as outras pessoas lhe digam que decisão tem que ser tomada. Quando Leo se aproximar de Ellen, por exemplo, ela recorre a sua irmã Suzanne, que vive em outro estado, mas funciona como uma válvula de escape para suas principais dúvidas.

O livro fala bastante  sobre a diferença dos estados sulistas e do norte nos Estados Unidos comparando o modo de viver da região sul dos EUA, seus costumes e a forma de falar.

Achei a narrativa extremamente cansativa, pois grande parte da história é com Ellen reclamando e divagando. Se a Ellen fosse um pouco mais decidida, a história poderia ter desenvolvido mais...aliás, achei ela bem parecida com a Rachel do livro O Noivo da Minha Melhor Amiga.

A história apresenta como é ter aquele cara ou garota que foi e vai ser sempre especial na sua vida, mas talvez isso não quer dizer que você o ame. O que mais me incomodou é que a forma com que ela descreve o relacionamento com Leo de uma forma obsessiva e como ela abandonava tudo para ficar somente com ele durante o namoro. Isso é realmente saudável? Devemos abdicar de amigos e familiares por causa de um amor? Para mim os dois devem coincidir e não anular uma parte de sua vida.

Não é um livro ruim, mas não funcionou pra mim e não atendeu as expectativas que eu tinha sobre ele. Mas sugiro que leiam para conhecer a narrativa, pois muitas pessoas gostaram do livro pelo que percebi das resenhas que já tinha lido.

Espero que tenham gostado da resenha...até a próxima. Beijos!